A presença do presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, foi a grande surpresa na assembleia que aprovou as contas da Federação Paranaense de Futebol (FPF), nessa terça-feira (26), em Curitiba.
Após muito tempo sem comparecer presencialmente à uma atividade da FPF, o dirigente atleticano se absteve nas votações – assim como Nacional e Novo Mundo (futebol amador). Além do balanço anual de 2021, o orçamento para o último ano do mandato do presidente Hélio Cury também passou pelo crivo dos clubes.
A assembleia, contudo, estava esvaziada. Apenas outros três times profissionais marcaram presença: Araucária, Coritiba e Operário, sendo que Coxa e Fantasma enviaram representantes.
Petraglia fez questão de que o número de clubes amadores, profissionais e de ligas presentes fosse registrado na ata da reunião – todos têm o mesmo peso de voto. O dirigente também sugeriu a realização de uma assembleia extraordinária para discutir o futuro do futebol paranaense. Cury, então, pediu a formalização do pedido por parte do Athletico.
Em outro momento, o presidente atleticano mencionou que o Furacão tem faturamento 50 vezes maior do que a FPF.
Último ano de Hélio Cury
Eleito para a presidência da FPF pela terceira vez consecutiva em 30 de março de 2019, Cury se aproxima de sua despedida como homem-forte da entidade. Por força do estatuto, ele não pode mais se candidatar ao cargo no próximo pleito.
Cury assumiu a Federação no fim de 2007, após o então presidente Onaireves Moura ser afastado por decisão da Justiça. Eleito no ano seguinte, o dirigente viveu um primeiro mandato mais longo do que o normal – até 2015. O motivo foi uma medida coletiva da CBF que estendeu o período de todos os presidentes de federações no poder visando a organização da Copa do Mundo de 2014.
Depois, elegeu-se em 2015 ao bater Ricardo Gomyde, que tinha apoio de Athletico e Coritiba. Em 2019, Cury não teve adversário na disputa e conseguiu 49 votos do total de 61 possíveis.