Athletico
Crônica

Os ídolos: Nikão e Terans, malabaristas que jogam e jogam, de ovação em ovação

Por
André Pugliesi, enviado especial a Montevidéu
19/11/2021 11:16 - Atualizado: 04/10/2023 17:12
Os ídolos: Nikão e Terans, malabaristas que jogam e jogam, de ovação em ovação
| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes

"E um belo dia a deusa dos ventos beija o pé do homem, o maltratado, desprezado pé, e desse beijo nasce o ídolo do futebol. Nasce em berço de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraçado a uma bola. Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criança alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios, até que a noite cai e ninguém mais consegue ver a bola, e quando jovem voa e faz voar nos estádios. Suas artes de malabarista convocam multidões, domingo após domingo, de vitória em vitória, de ovação em ovação", Eduardo Galeano, em trecho de "O ídolo", texto extraído do livro "Futebol ao sol e à sombra".

Nikão e David Terans são os ídolos que a torcida do Athletico quer ver consagrados no mítico Estádio Centenário, em Montevidéu. Santos e Thiago Heleno também são adorados, mas, naturalmente, nem mesmo o mais impassível atleticano quer vê-los destacados no sábado mais importante dos 97 anos de história do Furacão da Baixada.

O primeiro, batizado Maycon Vinícius Ferreira da Cruz, conta uma história comum aos jogadores brasileiros. Do "berço de palha", do "barraco de lata", "abraçado a uma bola", triunfou no esporte após livrar-se da marcação, desleal, do alcoolismo, e carregando o peso nas chuteiras de tragédias familiares. No Athletico, Nikão já é multicampeão e descobriu como é ser amado por uma torcida.

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O outro, Miguel David Terans Pérez, 27 anos, é o único de todos os jogadores envolvidos na decisão que estará em casa. O gringo do Furacão é uruguaio, nascido e criado em Montevidéu, coroado "Rey" na terra natal, ao destacar-se no Danúbio como um herdeiro da escola de meias-atacantes charruas que consagrou Pedro Rocha, Enzo Francescoli e Álvaro Recoba.

Malabaristas com o pé esquerdo, Nikão e Terans pisam o solo sagrado da casa da Celeste Olímpica para escrever a história de vitória e ovação que jamais sonharam. Do brasileiro, o epílogo triunfante com a camisa vermelha e preta, segunda pele do mineiro há seis anos. Do uruguaio, o primeiro capítulo de consagração internacional vivido a poucos minutos da casa dos pais.

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