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Novo técnico, Paulo Turra é continuidade natural de Felipão no Athletico

Por
Fernando Rudnick
15/11/2022 11:19 - Atualizado: 04/10/2023 19:48
Turra é a continuidade de Felipão no Athletico
Turra é a continuidade de Felipão no Athletico | Foto: Atila Alberti/UmDois Esportes

Oficializado como treinador do Athletico para a temporada 2023, Paulo Turra representa a continuidade de Felipão – agora diretor técnico – dentro do projeto do clube.

Membro da comissão de Luiz Felipe Scolari desde o fim de 2016, o gaúcho de 48 anos tem 'pós-graduação' no estilo do mestre. Existe a troca de cargo, de função, mas o método continua rigorosamente o mesmo.

"O Paulo Turra já é acostumado com os jogadores, já participa diariamente dos treinos, já dá os treinos pra gente junto com o Felipão. Enfim, já está acostumado, já sabe, tem o perfil total para ser o treinador, então isso é muito tranquilo", resume o atacante Pablo.

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Nessa temporada, Turra comandou o time no segundo jogo da semifinal da Libertadores, contra o Palmeiras, fora de casa. Na ocasião, o time perdia por 2 a 0 e, após mudanças vindas do bando de reservas, buscou o empate na etapa final – resultado que rendeu a classificação à grande decisão.

"Estarei dando aquelas coordenadas quando solicitado ou não solicitado porque, pelo cargo, a gente vai ter que ter algumas colocações aos nossos treinadores desde a primeira equipe até a base", disse Felipão, sobre o voo solo do pupilo.

Quem é Paulo Turra?

Turra entrou para comissão técnica de Felipão no fim de 2016, como sugestão de Flávio Murtosa, eterno escudeiro de Felipão. O convite surgiu após Ivo Wortmann deixar o cargo vago no Guangzhou Evergrande, da China.

No Palmeiras, Murtosa comandou o então defensor na conquista da Copa dos Campeões de 2000, mas logo em seguida optou por seguir os passos de Scolari no Cruzeiro.

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A relação ficou mais próxima quando Turra atuou no Boavista, de Portugal, na mesma época em que a seleção portuguesa era capitaneada pela comissão brasileira. “Ele tinha um intercâmbio conosco, aparecia, conversava e já dizia que queria ser técnico. Eu vi que ele tinha perfil, que tinha que se preparar”, recorda Murtosa.

Em 2011, após dar os primeiros passos como treinador por Novo Hamburgo e Brusque, estagiou no Palmeiras de Felipão até ser chamado para assumir o Cianorte no Paranaense do ano seguinte. Ficou a uma vitória do título do primeiro turno do estadual e, nos pênaltis, perdeu a vaga à Terceira Divisão para o Mogi Mirim.

“Foi um dos melhores que tivemos por aqui. Foram dois anos inteiros sem perder uma partida dentro de casa e quando mais nos aproximamos da vaga para a Série C”, cita o diretor de futebol do Leão do Vale do Ivaí, o ex-goleiro Adir Kist, que criou forte vínculo com Turra.

“Além de uma pessoa de excelente caráter, um cara do bem, é um treinador muito exigente e detalhista. Vive futebol 24 horas. Na época, não tínhamos analista e o Paulo, pessoalmente, fazia chegar nos atletas tudo que ele precisava sobre os adversários, preparava o jogo como poucos”, lembra.

No geral, Turra é mais calmo do que Felipão, mas tem o mesmo DNA de agregador, de paizão. No Leão do Vale do Ivaí, por exemplo, ele mesmo fazia churrasco para o elenco na comemoração de algum resultado. Seu único título até aqui foi justamente pelo clube: a Divisão de Acesso do Paranaense, em 2016.

Estudioso e pronto para a "carreira solo"

No início deste ano, Paulo Turra lançou um livro sobre tática em parceria com Leonardo Monteiro. ‘O futebol que não se vê’ trata de ações dentro do jogo que, na maioria das vezes, passam despercebidas pelo grande público, mas podem ser de vital importância em uma partida.

Esse lado mais acadêmico, aliás, foi fundamental para que ele tivesse a chance de ingressar na comissão permanente do icônico treinador. Enquanto tinha as primeiras experiências no banco de reservas, Turra sempre conciliou os estudos e estágios. Tanto que, quando foi chamado, já havia completado Licença Pro, nível máximo da CBF Academy e requisito para poder trabalhar na liga chinesa.

“Ele se credenciou, tem conhecimento e competência. Teve a felicidade de fazer o curso da CBF e desde então ficou trabalhando com o Felipão. Fez uma pós-graduação que o deixa totalmente em condições de assumir a vida solo. Está na hora, até”, apontava Murtosa, meses antes do auxiliar ser confirmado como sucessor de Felipão.

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