Athletico
Retrospectiva

Melhor ano da história? Relembre como foi o 2021 do Athletico

Por
Fernando Rudnick
29/12/2021 12:50 - Atualizado: 04/10/2023 17:06
Athletico perto do top-10 histórico dos pontos corridos.
Athletico perto do top-10 histórico dos pontos corridos. | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes

2021 foi histórico para o Athletico. O clube concentrou suas forças nas copas – e acertou em cheio na aposta. Venceu a Sul-Americana pela segunda vez em quatro anos e ficou com o vice-campeonato da Copa do Brasil, derrotado pelo campeão brasileiro Atlético-MG na decisão.

Relembre, campeonato por campeonato, como foi o ano do Furacão, considerado por muitos o melhor dos 97 anos de história rubro-negra.

Brasileirão 2020

Por causa da pandemia, o Athletico começou o ano ainda pensando em 2020. Nas 11 rodadas restantes da Série A, o time completou a reação que começou com a chegada de Paulo Autuori, em outubro de 2020.

Foram cinco vitórias, quatro empates e duas derrotas, terminando o Brasileirão no novo lugar, com 53 pontos, garantindo vaga na Sul-Americana. O fim do campeonato nacional foi emendado com o início do Paranaense, já com o português António Oliveira no comando do time.

FC Cascavel eliminou o Athletico.
FC Cascavel eliminou o Athletico.

Paranaense

O Estadual foi colocado em segundo plano pelo clube, como tradicionalmente acontece nos últimos anos. Mesmo jogando com o sub-23 e com reservas do time principal, no entanto, o time fechou a primeira fase na terceira colocação, atrás de Operário e FC Cascavel.

Nas quartas de final, no fim de maio, o Athletico eliminou o rival Paraná com uma vitória fora de casa (2 a 0) e um empate sem gols na Baixada.

No calendário maluco da temporada, o clube só voltou a jogar o Paranaense em setembro. E, na semifinal, acabou eliminado pelo FC Cascavel após empatar em casa (1 a 1) e perder de virada no Oeste (2 a 1). O reflexo direto do resultado foi a saída de António Oliveira.

Autuori e António Oliveira
Autuori e António Oliveira

Brasileirão

Antes disso, o português entrou para a história ao comandar o melhor início do Athletico no Brasileirão. O time venceu os quatro primeiros jogos e chegou a liderar o campeonato até esbarrar em um elenco que não foi capaz de suportar uma enorme sequência de jogos em competições simultâneas.

Em alguns momentos, o Furacão chegou a flertar com a zona de rebaixamento, mas acabou escapando na penúltima rodada. No fim das contas, a temporada na Série A ficou abaixo do esperado – 14º lugar, com 47 pontos.

O foco do clube, claramente, estava na disputa das copas. E a opção trouxe mais resultados históricos.

Nikão ergue a taça de bicampeão da Sul-Americana.
Nikão ergue a taça de bicampeão da Sul-Americana.

Sul-Americana

Campeão em 2018, o Athletico repetiu o feito ao derrotar o Red Bull Bragantino por 1 a 0 na final única no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. Apesar do final feliz, a trajetória de El Paranaense teve contornos dramáticos na competição.

Na fase de grupos, o Rubro-Negro deixou para trás Aucas, do Equador, Metropolitanos, da Venezuela, e Melgar, do Peru. Foram cinco vitórias em seis jogos, mas na quinta rodada, caso tivesse perdido para os peruano em casa, a classificação poderia ser comprometida, já que só o primeiro colocado avançava às oitavas de final. O triunfo pelo placar mínimo encaminhou a vaga.

Depois, o Furacão passou tranquilamente pelo América de Cali, da Colômbia, e penou para avançar diante da LDU, do Equador. O time perdeu fora de casa por 1 a 0 e chegou a estar perdendo por 1 a 0 na volta, na Arena.

A virada veio com dois gols de Christian em cinco minutos, ainda no primeiro tempo, mas os equatorianos igualaram novamente. O Athletico, então, precisava abrir dois de vantagem, placar construído com dois gols de Bissoli.

Na semifinal, contra Peñarol, o uruguaio David Terans foi protagonista ao marcar um gol de puxeta contra o ex-time no Estádio Campeón del Siglo. Os paranaenses voltaram com a vitória por 2 a 1 e confirmaram a vaga na decisão com outro triunfo em casa, desta vez com assistência do camisa 80 para Nikão.

Estádio ficou iluminado antes de a bola rolar.
Estádio ficou iluminado antes de a bola rolar.

Copa do Brasil

Pela terceira vez, o Furacão chegou à decisão da Copa do Brasil. Até chegar aos confrontos contra o Atlético-MG, na grande final, o time paranaense superou cinco adversários.

A campanha começou na começou na terceira fase do torneio, contra o Avaí. Com um empate fora de casa (1 a 1), a equipe se classificou com um gol solitário de Vitinho, negociado com o Dínamo de Kiev logo depois, na Baixada.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Atlético-GO. Novamente o Furacão venceu em casa (2 a 1) e empatou fora (2 a 2), mas dessa vez na ordem inversa à estreia.

O Santos foi eliminado pelo Furacão nas quartas de final, com duas vitórias por 1 a 0. Até então, o técnico era o português António Oliveira, que pediu demissão em setembro. O europeu, aliás, assistiu o jogo nas tribunas da Arena.

Alberto Valentim, contratado no mês seguinte, comandou o time a partir da semifinal, contra o Flamengo. O empate por 2 a 2 na Arena precedeu uma inesquecível vitória por 3 a 0 no Maracanã, que garantiu o Athletico na final contra o Galo.

Goleado por 4 a 0 no jogo de ida, no Mineirão – e derrotado por 2 a 1 na volta, na Arena – o Athletico ficou com o vice-campeonato. Independentemente do resultado, a torcida fez uma linda festa no estádio e reconheceu o esforço do time no ano.

Voleio mágico de Nikão. Divulgação/Conmebol.
Voleio mágico de Nikão. Divulgação/Conmebol.

Personagem

Nikão foi o grande nome do Athletico na temporada. No clube desde 2015, o meia-atacante fez seu melhor ano vestindo a camisa rubro-negra, com 12 gols e 14 assistências em 2021.

Além, claro, da cereja no bolo, o gol que garantiu o título da Sula, em Montevidéu. O lado ruim foi que Nikão não conseguiu se despedir em campo da torcida, já que, em fim de contrato, sua saída é iminente. Ele se machucou no primeiro jogo da final da Copa do Brasil e não pôde entrar em campo na Arena da Baixada.

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