Dois torcedores do Athletico suspeitos de racismo na final da Copa do Brasil, em 15 dezembro, na Arena da Baixada, serão indiciados pela Polícia Civil do Paraná. Os homens em questão são irmãos, advogados, e vivem em Londrina, onde prestarão depoimento nos próximos dias.
“Os dois irmãos, advogados, foram identificados pelo Athletico, que ingressou com uma notícia-crime. Remetemos uma carta precatória para Londrina para ouvi-los e indiciá-los”, explicou o delegado Luiz Carlos Oliveira, da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe).
Após o retorno da carta precatória, que funciona para comunicação entre os juízos, um relatório será encaminhado à Justiça. Pelo crime de racismo, a pena é de três anos de reclusão.
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Os irmãos foram flagrados cometendo os supostos atos racistas em vídeos que viralizaram na internet. A dupla, que é branca, passa a mão no braço, supostamente indicando a cor da pele. Um deles supostamente ainda faz uma imitação do que parece ser um macaco, que teria como alvo torcedores do Atlético-MG, localizados no setor superior do estádio.
Na mesma partida, uma mulher também foi filmada cometendo supostos gestos racistas, mas desta vez contra a própria torcida da casa. Ela foi ouvida no dia 17 de dezembro e já responde criminalmente pelo crime de racismo, de acordo com Oliveira.
Em seu depoimento, a acusada, de 24 anos, relatou que imitou um macaco motivada pelo pelo comportamento “primata” dos torcedores que vandalizaram um camarote do estádio.