Que o planejamento da diretoria do Athletico para o ano do centenário foi um horror, todos sabem.

Agora, após as últimas apresentações, a involução do time atleticano faz por merecer um estudo aprofundado por parte de analistas, comentaristas, CEO’s, executivos e curiosos em geral. Afinal, jamais em sua centenária história, o clube apresentou campanha tecnicamente tão medíocre como agora no returno do Brasileirão.

O colombiano Osorio fez um estrago no trabalho que deveria ser de organização do elenco, definição do time titular e formulação de conceitos estratégicos para a temporada.

Foi substituído por Cuca que, na largada, ajeitou a equipe, ganhou o bicampeonato paranaense e iniciou bem as caminhadas na Copa do Brasil, Sul-Americana e, sobretudo, na Série A do Brasileirão, onde chegou a ocupar a liderança em algumas rodadas.

Pela ausência de um diretor de futebol institucional, que lhe desse cobertura na crise de relacionamento com os jogadores, após os desastres dentro da Ligga Arena pela Sul-Americana e dos inaceitáveis tropeços com gols sofridos nos acréscimos para Flamengo, Botafogo e Corinthians, Cuca perdeu a paciência e pediu demissão.

Se houvesse um diretor de futebol institucional, ele teria conversado com o treinador, lhe sugerido 24 horas para reflexões e as coisas voltariam ao normal. Deu no que deu.

O Athletico regrediu tática, técnica e emocionalmente ao ponto de ter sofrido duas viradas para o Vasco, em São Januário, e sido eliminado nos pênaltis pela Copa do Brasil em plena Ligga Arena.

Na Sul-Americana tem o desafio com o Racing, em Buenos Aires, mas depois do que se viu na lamentável atuação com o Criciúma os torcedores estão muito apreensivos com o comportamento da maioria dos jogadores, que parecem descomprometidos com a rica história do Furacão – mesmo caso do técnico Martín Varini, demitido na última segunda-feira.

No Brasileirão, o time não vence em casa há sete partidas e tem colhido alguns pontinhos fora que ainda o mantém fora da zona de rebaixamento.

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