Antes ponto forte do Athletico sob o comando do técnico António Oliveira, a defesa já não tem repetido o mesmo desempenho de antes. Nos últimos 15 jogos disputados – considerando Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana, o Furacão só não foi vazado na vitória por 1 a 0 sobre o América de Cáli, na Colômbia. No total, levou 21 gols neste período.
Uma marca bem diferente do que vinha acontecendo anteriormente. Até esta sequência, o Rubro-Negro, com o treinador, vinha se mostrando bastante sólido lá atrás. Nas primeiras 15 partidas do time principal, foram apenas quatro gols sofridos. Até que, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO, no Campeonato Brasileiro, o time sofreu um gol e, desde então, o setor defensivo não teve mais o mesmo desempenho.
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Se na primeira metade destes duelos o Athletico, sofrendo poucos gols, somou 12 vitórias, dois empates e uma derrota, totalizando 84,4% de aproveitamento, depois disso os números caíram bastante. Além de ter sido vazado cinco vezes mais, o Furacão conquistou apenas 53,3% dos pontos disputados.
Foram sete vitórias, três empates e cinco derrotas neste período. Desempenho ainda positivo, considerando que o clube avançou de fase na Copa do Brasil e na Sul-Americana e continua no G6 do Brasileirão, mesmo com uma partida a menos. Mas mostra que a queda nos resultados está ligada diretamente à defesa.
Athletico faz poucos gols e sobrecarrega defesa
Principalmente pelo fato de o Rubro-Negro marcar poucos gols. Dos 18 triunfos conquistados pela equipe principal na temporada, nada menos do que 13 foram pela vantagem mínima (sendo 1 a 0 ou 2 a 1).
Nesta última sequência de 15 partidas, o Athletico até melhorou um pouco seu poder ofensivo, balançando as redes adversárias em 26 oportunidades (contra 22 na primeira metade). Até aqui, o time só passou em branco em quatro jogos, mas foram poucas as vezes em que goleou o adversário. Com isso, uma queda defensiva acabou tendo um peso muito grande nos resultados.
Desfalques e rodízio na formação da defesa
Uma das explicações para esse baixo desempenho pode ser a ausência de peças importantes, como o goleiro Santos e o lateral-esquerdo Abner, que defenderam a seleção brasileira na conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas e desfalcaram o Athletico por nove jogos. Foram 12 gols sofridos nesta sequência, com quatro vitórias, dois empates e três derrotas.
Outro ponto relevante é que o time variou sua formação tática entre dois e três zagueiros. E nos dois esquemas acabou sofrendo gols, até se definir mais recentemente com a dupla Pedro Henrique e Thiago Heleno lá atrás.
Números que, direta ou indiretamente, se refletem em resultados. Ponto a ser corrigido por António Oliveira para a sequência da temporada, principalmente nos torneios eliminatórios, onde sofrer um gol pode ser crucial.