Cuca se diz aliviado no Athletico após Justiça da Suíça anular condenação por estupro
Anunciado oficialmente pelo Athletico, o técnico Cuca diz estar aliviado com o desfecho da acusação de estupro de vulnerável na Suíça. Em dezembro, a Justiça do país anulou a condenação de 1989 após o caso prescrever. Aos 60 anos, ele contratou duas equipes de advogados para ter um novo julgamento no país europeu.
"Segundo os meus advogados, a nossa chance de absolvição era próxima aos 100%. Ninguém tem 100%, mas era próximo. Nos dava uma confiança grande. Infelizmente pela prescrição não pôde e o que de melhor ocorreu foi a anulação. De uma forma, a gente fica muito aliviado", disse ele na primeira entrevista à Rede Furacão, canal oficial do clube.
O treinador disse que a saída conturbada do Corinthians devido à pressão da torcida fez com que ele buscasse a revisão do processo. Segundo Cuca, o assunto já estava "acabado".
"Aquilo foi uma coisa que marcou muito a mim e à minha família toda. Pus na cabeça que eu tinha que resolver essa situação, ainda que tardiamente. Eu deveria ter feito isso antes. As coisas estavam paradas e na cabeça da gente era uma coisa que já tinha acabado. Eu, como homem, devia ter feito isso antes… Ido atrás e resolvido", conta.
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O comandante do Athletico ainda reforçou que sempre negou a acusação de estupro e que nunca mentiu sobre o caso.
"Sempre falei a verdade. Tem dizeres que a moça reconheceu. Por três vezes não reconheceu e está nos autos. DNA inconclusivo e não é meu. Eles mesmos entenderam que era inconclusivo. São coisas que não encaixo as palavras certas para poder falar, não decoro texto e nada. Falo as coisas do meu coração, do meu sentimento", completou Cuca.
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Projeção no Athletico
Além de tentar esclarecer o desfecho do processo na Suíça, Cuca também projetou o trabalho no ano em que o Furacão completa 100 anos de história.
"Isso marca muito, é uma responsabilidade grande. Quando faz o centenário, o cara pensa em conquistas e títulos. A gente tem que entregar o máximo", diz ele sobre a cobrança.
A estreia de Cuca no comando do Athletico acontece no jogo contra o Londrina. O duelo, que vale vaga na semifinal do Campeonato Paranaense, está marcado para o próximo domingo (10), às 18h30, na Ligga Arena, em Curitiba.
Para se classificar, o Furacão precisa vencer de dois ou mais gols no tempo normal. A vitória rubro-negra por um gol de diferença leva a decisão aos pênaltis. O empate dá a classificação ao Tubarão.
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Veja outros pontos da entrevista de Cuca:
"Já vibrei e chorei muito", sobre Cuca torcedor
"Pra mim é uma honra e uma satisfação enorme. Fui muitas vezes ao estádio. Já vibrei e chorei pelo Athletico. Vou continuar assim, estar junto na boa e na ruim. Tô iniciando um trabalho e tomara que o fim demore bastante para acontecer".
Acerto com o Furacão
"Estava na iminência de ir para outros lugares. Apareceu o Athletico e a gente fica muito feliz e esperançoso de fazer um bom trabalho".
Estilo de jogo
"Pouco a pouco, vai conhecer o estilo e a maneira. A gente tem uma coisa muita forte que é a Baixada, a torcida. Quando a gente vem jogar contra, é muito difícil e complicado. Agora a gente tem que tirar proveito. Temos uma torcida maravilhosa e é fazer ela estar com a gente sempre".
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Chegada
"Amanhã (terça) me apresento. Já tenho uma ideia boa de treinamento e de time. Acompanho tudo que é campeonato, assisto dois ou três jogos por dia. A gente está sempre se atualizando, não só eu como minha equipe também".
Estreia
"Já temos uma missão dura no domingo, em ter que fazer dois gols de diferença no Londrina para passar de fase. Vamos trabalhar bem para chegar da melhor forma possível".
Elenco
"Conheço bem. O dia a dia vai dar uma condição melhor de entender melhor, até pela maneira da gente trabalhar e gostar de jogadores polivalentes. No dia a dia vai conhecer a polivalência de um ou outro jogador que podem ajudar muito durante os jogos, mudar o estilo do time sem fazer substituições".
Primeiros passos e centenário
"Eu vou conhecer a casa, os jogadores e criar um ambiente. A gente tem que ter uma família. Os que ganham são famílias fechadíssimas e a gente tem que ser assim para ter um bom ano".
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