Mais de 60 mil torcedores vão comparecer ao Estádio Mineirão neste domingo (12) para acompanhar o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, entre Atlético-MG e Athletico, a partir das 17h30, em Belo Horizonte.
Embalado pela conquista do Brasileirão, após 50 anos de jejum, o Galo tem contado com o Gigante do Mineirão praticamente lotado em grande parte da temporada de 2021. Somente na disputa do Campeonato Brasileiro, o clube mineiro terminou com a melhor média de público: 42.300 torcedores por jogo.
Apesar da pressão que enfrentará no primeiro duelo da decisão, o Furacão tem mostrado que lida bem com o “clima adverso”, como destaca o ex-jogador Buião, que vestiu as camisas dos dois clubes nas décadas de 60 e 70.

“O Furacão tem jogadores experientes, é um grupo bem armado e hoje em dia não sente mais pressão de torcida, já que já está mais acostumado a jogar com estádio cheio. O Atlético-MG vem motivado, a pressão é grande no Mineirão, mas é jogo complicado para os dois times”, destaca o histórico ex-atleta.
Também ex-Furacão, o meia Fabricio, hoje com 41 anos, relembra alguns confrontos que teve contra o Galo. Mineiro de Divinópolis, ele foi revelado no América-MG, em 1998.
“Aqui em Minas, sempre joguei contra o Atlético-MG, desde a base. Um dos confrontos que me lembro foi a final do Campeonato Mineiro de 2001, onde o América-MG foi campeão em cima do Galo, e fazia muito tempo que o Coelho não era campeão estadual. Foi um dia muito especial ter sido campeão em cima do grande rival”, recorda.
Fabrício chegou jovem ao Athletico, em 2002. Ele foi campeão paranaense pelo Furacão em 2005, ano em que também fez parte da equipe vice-campeã da Libertadores. O meia relembra um duelo contra o Galo no Mineirão naquele ano.

“Outro jogo que recordo muito foi logo após o jogo da final daquela Libertadores, onde havíamos perdido para o São Paulo. Viemos jogar aqui em Minas, e foi uma partida complicada, porque nós não vínhamos bem no Campeonato Brasileiro. Tive a felicidade de fazer o gol da vitória, por 3 a 2, um gol de falta em cima deles. Foi um gol muito importante pra mim”, ressalta.
O ex-jogador, atualmente agente de atletas, projeta as finais entre as equipes, valendo o título da Copa do Brasil.
“É um estádio que com certeza vai estar lotado, vai ser pressão o jogo todo, mas o Athletico também está acostumado a jogar sob pressão. Se colocar na ponta do lápis, jogar na Arena é muito mais difícil porque o torcedor fica muito mais próximo, a pressão e o eco são grandes”, destaca o ex-meia.
Outro jogador que teve a oportunidade de defender os dois clubes é o ex-atacante Renaldo. Baiano de Cotegipe, Renaldo se consagrou como artilheiro do Galo. Com diversos jogos no Mineirão em seu currículo, o ex-jogador ressalta que os atletas têm que ter personalidade para encarar um duelo com o “Gigante” lotado.

“Jogar em um Mineirão lotado é complicado, é um caldeirão do Galo. Tem que ter coragem e saber jogar em um estádio lotado. Tem que assumir a responsabilidade e não se esconder do jogo”, frisa Renaldo.