Athletico e Coritiba duelam no próximo domingo (5), às 18h30, na Arena da Baixada, em um clássico Atletiba marcado por acirrada disputa no Campeonato Paranaense 2023 – e ampla disparidade econômica fora das quatro linhas.
O Furacão abre a temporada com elenco avaliado em R$ 435 milhões, quase três vezes mais caro que o do Coxa, estipulado em R$ 162 milhões. Os dados são do portal especializado, Transfermarkt.
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A posição
avançada do Athletico em relação ao Coritiba prossegue no atual valor da marca
dos clubes. Estudo recente da Sportsvalue, referente à temporada de 2022,
aponta que o Furacão tem valuation (termo
utilizado para estimar o valor total de uma empresa) de R$ 2 bilhões, contra R$
490 milhões do Coxa.
Informação que ganha ainda mais relevância em tempos de SAF’s no futebol brasileiro: estima-se que mais de 25 clubes brasileiros já tenham virado empresas, podendo receber capital de investidores externos. A própria dupla Atletiba deve ter definições em breve sobre o tema.
Vitor Roque vale
um terço de todo o elenco do Coxa no mercado da bola
As disparidades econômicas prosseguem no nível individual. O jogador mais valioso do Atletiba deste domingo não estará em campo.
O jovem atacante Vitor Roque, de apenas 17 anos, está avaliado em R$ 60 milhões, praticamente um terço do valor de todo o elenco alviverde. Ele está com a seleção brasileira no Sul-Americano Sub-20, disputa em que, por sinal, é o artilheiro.
Estes valores, vale lembrar, são estimativas: ou seja, servem como espécie de baliza de valoração, sendo que as negociações de atletas podem ser acima ou abaixo do estipulado. O próprio Vitor Roque é um caso claro: deve ser vendido por montante muito superior ao estimado.
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Os outros dois atletas atleticanos mais valiosos são o goleiro Bento e o lateral-direito Khellven, ambos estipulados em R$ 33 milhões. Ou seja, somente este trio vale R$ 126 milhões – o elenco inteiro do Coxa, vale ressaltarmos, está avaliado em R$ 162 milhões.
Já o jogador mais caro do Coritiba é o meia argentino Marcelino Moreno, com valor estipulado em R$ 28 milhões – mesmo assim, o gringo está emprestado pelo Atlanta, dos Estados Unidos, clube que detém seus direitos econômicos.
Nas sequência, entre os coxas-brancas mais valorizados, aparecem o volante Andrey, afastado por lesão por longo período, avaliado em R$ 14 milhões, seguido pelo lateral-direito Natanael, o meia Boschilia e os atacantes Rodrigo Pinho e Alef Manga, todos com valor em torno de R$ 11 milhões.
Dinheiro não entra em campo no Atletiba. Mas…
Diante da história de um clássico Atletiba, é certo que estes valores não entram em campo. Aliás, o futebol prova, dia sim, dia não, que equipes mais baratas podem superar rivais mais opulentos. Investir mais não é sinônimo de ganhar tudo.
Mas é inegável que ajuda. Basta ver os retrospectos recentes de Athletico e Coritiba na última década: o Furacão conquistou duas Sul-Americana, uma Copa do Brasil e chegou à final de uma Libertadores, competição, por sinal, da qual tornou-se competidor assíduo.
Enquanto isso, o Coritiba vive na desgastante alternância entre Séries A e B e se contenta com títulos estaduais. Não há vitória em Atletiba que mude o panorama recente dos rivais.
Ou seja, em tempos do jogo cada vez mais atrelado ao modelo empresarial e às planilhas financeiras, na transformação dos clubes em empresas, podendo mudar de dono, cores e até nome diante do trabalho em cima da própria marca, as disparidades financeiras da dupla Atletiba, neste início de 2023, não deixam de ser significativas.