É provável que o Athletico voltará ao Brasileirão, porque na Segundona a escolha de quatro clubes adota o critério da exclusão: os menos ruins são os eleitos.

Ocorre que esse critério não se concilia com a lógica, ciência que no futebol aproxima uma previsão da certeza. Pelo critério do “menos ruim”, braço forte do imprevisível, tudo pode acontecer.

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O Furacão não engana a sua torcida. Explica-se, então, as vaias como uma oração de arquibancada, que se incorporou ao ambiente dos jogos na Baixada.

Na vitória sobre o CRB, por 2 a 0, repetiu-se a conduta padrão desse time: marcou aos sete minutos de jogo, porque Esquivel voltou e com ele, os seus cruzamentos, agora, para Kardec marcar. Só que Esquivel e Kardec, pelo talento, estão fora do script.

Depois, só foi ao ataque aos 82 minutos, quando Tevis lançou Renan Peixoto, que fez o segundo gol. Esse menino Tevis, no mínimo, faz pensar se não é uma opção definitiva pela falta de qualidade no ataque.

Entre um gol e o outro, o Furacão, sem plano de jogo, não sabia o que fazer com a bola. E quando consegue surpreender com uma ordem jogo, escancara a ruindade individual do time.

As coisas na Baixada andam tão fora de rumo, que até a torcida erra. Ao vaiar as saídas de Felipinho e Zapelli, foi injusta com o treinador Maurício Barbieri. Jogando para os lados, Felipinho é improdutivo.

Barbieri rebateu críticas de torcedores e da imprensa no Athletico

Jogando “dois lá, dois pra cá”, Zapelli é incapaz de dar o ritmo que um meio precisa. Com Patrick, Tevis e Peixoto, Barbieri arrumou o que havia mantido desarrumado. Tevis, aliás, dentro do panorama atual, escolhe a camisa para jogar no ataque.

Mas, tem coisa mais importante na vida. As lições de vida que Francisco nos deixou.  Nunca será tarde para aprendê-las. 

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