No meu mundo de contrastes, depois de Rayssa dançando sobre o skate e Rebeca dançando sobre o solo, em Paris, fui ver Cuello e Di Yorio jogarem bola, pelo Athletico, em Cuiabá. Mas “é a vida, é bonita e é bonita”, como canta Gonzaguinha há mais de meio século sobre esses contrastes da vida.

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O jogo de Cuiabá parecia nunca ter fim, tamanha a falta de qualidade dos dois times. A vitória por 2 a 1 significou três pontos para o Furacão, cuja importância ganha dimensões extraordinárias, pelo fato de que o seu futebol, vítima de um projeto especulativo dos dirigentes, foi entregue ao casuísmo do  deus-dará.

Esse Athletico vai continuar no Brasileirão, assim: ganhando de quem é impossível perder, como Criciúma, Vitória, Atlético-GO, Cuiabá e Juventude, vai controlar o risco de sofrer traumas futuros com o desconforto do baixo clero;  e, ganhando pontos por acaso, na Baixada, dos que estão acima, mantendo a ilusão de ganhar uma vaga em um torneio continental. É aquela tese já escrita: vive em círculo.

Como na Copa do Brasil e na Sul-Americana, o casuísmo do critério eliminatório, às vezes, é generoso e conduz a lugares impossíveis. O Furacão pode avançar um pouco mais. Afinal, às vezes, vive-se com a crença em milagres.    

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