Copa do Brasil

Athletico encara o mais novo gramado sintético do Brasil no Nilton Santos

Gramado sintético do Nilton Santos

Pioneiro na utilização do sintético, o Athletico vai encarar o mais novo gramado artificial do Brasil, o do Nilton Santos, também conhecido como Engenhão.

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A casa do Botafogo recebe o duelo decisivo entre Furacão e Fogão nesta quarta-feira (31), às 21h30, pela partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.

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O novo campo sintético foi inaugurado pelo clube carioca há quase dois meses, na estreia do Brasileirão diante do São Paulo, em uma vitória por 2 a 1.

Administrado como SAF, com o milionário John Textor à frente desde o ano passado, o Botafogo optou pela nova tecnologia em seu estádio para transformá-lo em arena multiuso para realização de eventos, com captação de recursos. O Engenhão, inclusive, já recebeu três apresentações da banda Coldplay no fim de abril.

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O investimento do clube alvinegro teria ultrapassado mais de R$ 2 milhões para implementação do novo gramado. A obra durou cerca de três meses – de janeiro a abril. O Nilton Santos é apenas o terceiro campo sintético da Série A.

Engenhão: diferenças para outros sintéticos

Assim como a Arena da Baixada, o Engenhão tem o certificado internacional de Fifa Quality Pro. No entanto, a tecnologia utilizada no gramado é diferente tanto do estádio atleticano, como a do Allianz Parque.

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“São três tecnologias diferentes. O Athletico usa a fibra de coco. O estádio do Palmeiras usa uma tecnologia com um plástico furado, chamado TPE. E nós optamos por um sistema de enchimento, que tem areia e tem a cortiça. Tanto do Allianz Parque, quanto o do Nilton Santos tem um Shockpad. Têm semelhanças, mas com diferenças. Optamos por esse, porque acreditamos que foi a melhor opção para o estádio, pela temperatura do Rio de Janeiro, para a jogabilidade que pretendemos ter. E também por ser um composto natural”, disse Alexandre Costa, diretor geral operacional e de infraestrutura da SAF do Botafogo.

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Cada gramado tem camadas diferentes até que se chegue na grama em si. No caso do Nilton Santos, há o Shockpad, que é uma camada para amortecimento, além de um enchimento com areia e composto orgânico, com atuação isolante, para menor retenção de calor. A tecnologia é a mais atual do mercado e foi inspirada em campos dos Estados Unidos e da Europa.

A repercussão do novo gramado, até o momento, tem sido positiva. A maioria dos jogadores tem elogiado, principalmente pelo campo ser mais macio se comparado à Baixada e ao Allianz Parque e com uma grana mais parecida à natural.

“A repercussão tem sido ótima. Jornalistas, mesmo que vendo de longe, elogiam pela aparência. Parece ser um gramado ótimo para jogo. Jogadores, a maioria, também têm elogiado. Tanto os do Botafogo, mas também Calleri e Hulk já comentaram, por exemplo. Essa semana o Mancini, do América-MG, falou que o time demorou um pouco para se adaptar. O único dirigente que vi ‘ser contra’ foi o Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, que falou que os clubes do Rio tinham que ser perguntados antes do Botafogo tomar a decisão. Mas Abel Ferreira, do Palmeiras, elogiou bem. Luís Castro também”, explicou João Pedro Fragoso, setorista do Botafogo no Jornal O Globo.

“O nosso gramado sintético, na minha opinião, é o melhor dos três, porque é um pouco mais macio. O do Palmeiras é bem duro. No Nilton Santos, você não sente tanta diferença [em relação à grama natural]. Foi um trabalho muito bem feito”, declarou recentemente o atacante do Botafogo Victor Sá.

Números positivos do Botafogo como mandante no gramado sintético

E o novo gramado tem sido um aliado do Botafogo como mandante desde a inauguração. Em oito jogos, são sete vitórias e um empate, com apenas um gol sofrido e aproveitamento de 91,6%.

Esses dados, inclusive, podem ser um problema para o Athletico. Depois da vitória de virada por 3 a 2, o Furacão precisa de um empate para garantir à classificação para as quartas de final. Desde então, o único time que segurou um empate no Nilton Santos foi a LDU de Quito por 0 a 0, pela Sul-Americana.

O Rubro-Negro também vem de cinco jogos sofrendo ao menos dois gols por partida – o que resultaria em uma eliminação direta – conforme levantamento do UmDois Esportes.

Fiel ao sintético da Arena da Baixada desde 2016, o Athletico então precisará adaptar-se ao novo gramado do Engenhão para superar o momento do rival carioca e confirmar mais uma classificação na Copa do Brasil.

Invencibilidade do Botafogo no novo gramado:

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