Ao vencer o Maringá por 3 a 0 , o Athletico confirmou o seu grande favoritismo no ano do Centenário. Não fosse o inesperado tropeço em Londrina, e o Furacão estaria comemorando o bicampeonato paranaense invicto. Mas aquela derrota significou a virada de chave do time na temporada, pois a diretoria trocou Osorio por Cuca, que ganhou todos os seus primeiros jogos no comando atleticano.

Cuca é um profissional consagrado, mas que jamais teve a oportunidade de sagrar-se campeão em sua cidade e no seu time de coração. De Bento ao jovem Zapelli, esse grupo reunido pode dar muitas alegrias ao torcedor, pois se mostra unido, determinado e disposto a seguir as orientações de Cuca. Não que ele represente um oráculo da bola ou algo semelhante, mas porque tem uma leitura simples e objetiva da realidade tática e técnica do futebol moderno.

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O trabalho está apenas no começo, pois ele continua avaliando as potencialidades individuais de cada jogador, seja experiente ou jovem, e procurando moldar o sistema coletivo que começa ganhar corpo. Os testes com as boas equipes do Operário e o Maringá foram importantes e com o ritmo cada vez mais acelerado na Copa Sul-Americana, no Brasileirão e na Copa do Brasil, o time mostrará a cara desenhada e idealizada por Cuca.

Todos os jogadores se comportaram bem na partida final, pois o Athletico atuou com tranquilidade, confiança e muita segurança. Bento praticou uma sucessão incrível de grandes defesas no final do jogo, Thiago Heleno liderou a zaga com o carisma tradicional, Fernandinho organizou o meio de campo e Pablo e Mastriani confirmaram o cheiro de gol.

O Maringá valorizou o seu vice-campeonato pelo esforço, disciplina tática e atuação compatível com o nível técnico dos seus jogadores, mas a grande surpresa foi a presença do presidente Mario Celso Petraglia na Arena que leva o seu nome para comemorar mais um triunfo com os seus liderados. Presença marcante e que reconforta todos os que acompanham com preocupação o seu estado de saúde.

Este título estadual foi muito significativo pelo simbolismo no ano do Centenário do clube em um momento histórico da sua absoluta liderança no futebol paranaense.