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Justiça

Athletico chama plano de recuperação judicial do Coritiba de “calote” e pede impugnação

Por
Fernando Rudnick
20/06/2022 19:29 - Atualizado: 04/10/2023 20:36
Presidentes Juarez e Petraglia, de Coritiba e Athletico, respectivamente
Presidentes Juarez e Petraglia, de Coritiba e Athletico, respectivamente | Foto: Montagem com Arquivo/UmDois

O Athletico acionou a Justiça para tentar impugnar o plano de recuperação judicial do Coritiba. Assim como outros credores do clube coxa-branca, o Furacão não concorda com o deságio proposto de até 75% sobre o saldo devedor, o que considera um "calote".

Nos autos do processo, os advogados do Athletico também reclamam do prazo de pagamento longo (após 24 meses), da falta de correção dos valores e de juros de mora.

O clube tem R$ 271.712,05 a receber do rival referente a um processo judicial vencido – descumprimento de contrato de aluguel do Estádio Couto Pereira em 2017, quando a Arena da Baixada recebeu a Liga Mundial de Vôlei. Na ocasião, o Rubro-Negro precisou jogar as oitavas de final da Libertadores na Vila Capanema.

"Isso se pode afirmar, porque na prática, o deságio proposto – frisa-se, superior a 50% da dívida –, possibilita que a Recuperanda [Coritiba] pague aos seus credores valor inferior ao que estipulado nas sentenças condenatórias ou designado em lei. É dizer: a Recuperanda busca ser premiada pela sua desobediência à legislação, o que com o máximo respeito, não se pode admitir", diz trecho do documento assinado pelos advogados Fernando Vernalha Guimarães e Luiz Fernando Casagrande Pereira.

A reportagem procurou o Coritiba, mas o clube afirmou que só irá se manifestar nos autos do processo.

Caso a juíza do caso aceite a impugnação, um novo plano de recuperação teria de ser apresentado pelo Coxa. De qualquer forma, a lei também prevê uma Assembleia de Credores, ainda sem data marcada, com poder de rejeitar o plano por maioria simples.

Atualmente, a lista alviverde de credores tem 424 nomes e o valor total já ultrapassa R$ 120 milhões. Mais dívidas devem ser acrescentadas ao plano, contudo. A Companhia Brasileira de Administração Judicial (CBAJ) nomeada como administradora judicial do processo.

O pedido de recuperação judicial do Coritiba foi aprovado pela Justiça em março deste ano. Em maio, o clube apresentou o plano de pagamento dos credores, com deságio de 40% a 75%, dependendo do tipo e valor das dívidas.

Além de tentar estancar os cofres do clube, impedindo momentaneamente novas cobranças, a estratégia também visa organizar as finanças de olho em uma possível venda da SAF coxa-branca.

Veja o pedido do Athletico na íntegra

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