Há 20 anos, o Athletico anunciou uma iniciativa pioneira no futebol brasileiro. Ainda em 2005, o clube anunciou a venda do primeiro naming rights do Brasil, batizando o seu estádio como Kyocera Arena. Um tipo de negócio que hoje está presente em várias das principais praças esportivas do país.

A parceria com a Kyocera acabou em 2008, antes mesmo de qualquer outro estádio fechar um acordo do tipo. O próprio Athletico demoraria 15 anos para vender novamente o nome de sua arena. E a parceria com a Ligga Telecom vive hoje um impasse, com atrasos no pagamento e o clube deixando de utilizar a nomenclatura de Ligga Arena.

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Em março de 2005, o Athletico utilizou o centro de eventos da Fecomercio, em São Paulo, para anunciar a assinatura do contrato com a Kyocera Mita. A fabricante japonesa de eletrônicos pagou 1,5 milhão de dólares anualmente ao Furacão, apenas para nomear o estádio. Além disso, também era o patrocinador master da camisa rubro-negra.

Mesmo com resistência inicial da imprensa, que em muitos casos não usava o nome comercial do estádio, o negócio deu grande exposição à Kyocera. Já no primeiro ano, o Athletico fez grande campanha na Libertadores, com o vice-campeonato. Mas no início de 2008, não houve acordo para a renovação da parceria. 

Outro acordo do tipo só seria fechado no Brasil em 2013, com o Allianz Parque, do Palmeiras. Atualmente, dez estádios de futebol no brasil tem acordos de naming rights em vigor.

Contrato com a Ligga em momento de impasse

O Athletico só voltaria a ter uma marcada dando nome a seu estádio em 2023, quando fechou parceria com a Ligga Telecom. O contrato foi assinado por 15 anos, com uma previsão de R$ 13,3 milhões por temporada.

Vista aérea da Arena da Baixada. (Foto: José Tramontin/Athletico)

Mas em junho deste ano, o suspendeu o uso do nome Ligga Arena em suas mídias oficiais. Segundo o colunista Augusto Mafuz, do UmDois Esportes, a Ligga deixou de pagar regularmente as parcelas do contrato. O Athletico teria notificado a empresa de uma dívida no valor de R$ 50 milhões.

O clube não se manifestou oficialmente sobre a situação. A empresa também não revelou detalhes, mas admitiu que há negociações em curso para revisar os termos do contrato vigente. Enquanto isso, a marca Ligga Arena segue exposta na faxada do estádio.

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