Nem bem terminou o Brasileirão e a diretoria da CBF foi destituída pelo Poder Judiciário.

E o motivo não foi exatamente a proverbial incompetência dos cartolas, mas fatos ligados à última eleição na desmoralizada entidade que comanda o futebol nacional.

Entre os clubes, que deveriam aproveitar esta oportunidade de ouro e criar de uma vez por todas a Primeira Liga para organizar os campeonatos no lugar da CBF, após os fracassos abre-se a temporada de promessas.

As exceções são Palmeiras, Fluminense e São Paulo, que se tornaram campeões dos torneios mais importantes, apenas confirmando a regra geral da amargura.

O Fortaleza ainda lambe as feridas pela perda do título da Sul-Americana, assim como o Botafogo não encontra explicações convincentes para justificar o seu retumbante fracasso ou, o Santos, que conseguiu ser rebaixado pela primeira vez em sua rica história.

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Por aqui, a dupla Atletiba também decepcionou. Cada um ao seu modo.

O Coritiba realizou a pior campanha da era dos pontos corridos e voltou a cair para a Série B, de onde tem saído com relativa facilidade de volta para a Série A. Mas se trata de uma rotina incômoda, que gera muitos prejuízos financeiros e magoa profundamente o seu apaixonado torcedor.

O Athletico investiu dinheiro alto para brilhar, porém, teve de contentar-se com uma vaga na próxima Sul-Americana como prêmio de consolação.

Muitos erros foram cometidos pelas respectivas diretorias, pelas comissões técnicas e, sobretudo, pelos jogadores que decepcionaram de maneira retumbante.

O time foi tão medíocre nesta temporada que acabou eliminado da Copa do Brasil e da Libertadores dentro da Ligga Arena e desperdiçou tantos pontos jogando em casa que perdeu a almejada vaga na Libertadores exatamente no ano do seu centenário.

Agora ouvimos promessas de bom comportamento, acerto nas contratações, planejamento adequado, enfim, um rosário de afirmações que chegam a entediar o torcedor.